Variantes do coronavírus: o que são e como funcionam

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Ao contrário, por exemplo, do que o Reino Unido fez, desde o início, eles estiveram monitorando com maior precisão o contexto e deu certo de alguma forma, pois eles conseguiram investir nesta área e se proteger. Consequência natural, porque esses vírus de RNA, como o da gripe, têm o que para os humanos é um “defeito”. Mas que para os próprios vírus se torna uma vantagem: a grande capacidade difusora que lhes permite se expandir mais rápido e facilmente. Mas porque o vírus muda com frequência, por que as mutações e como fazer? O professor italiano Fabrizio Pregliasco explica, continue lendo e compreendendo a situação do Covid 2019.

Por que o vírus muda

Esse defeito – explica o professor Fabrizio Pregliasco – destaca absolutamente um dos princípios darwinianos, o relativo ao acaso e à necessidade: Darwin postulou que há mutações genéticas, como essas variantes que vêm por acaso. Ou seja, por erro de replicação e que se têm vantagens para o vírus, como, por exemplo, maior difusividade e contagiosidade, eles assumem.

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Existem atualmente cerca de 12 mil variações genéticas das sequências armazenadas em bancos de dados eletrônicos. Todavia, algumas delas completamente irrelevantes porque não são cruciais para a funcionalidade do vírus. Não esqueçamos que o vírus é o parasita por excelência e que necessita de um hospedeiro para viver e se replicar. Bem como, o único propósito de aproveitar ao máximo as capacidades replicativas da célula que escolhe como alvo.

Além disso, ele deve encontrar a mediação que lhe permite permanecer vivo: o SARS-CoV-2 não é um vírus estúpido’ como o Ebola, que ataca significativamente a pessoa, às vezes matando-a e tornando o grau de transmissibilidade muito baixo. O novo coronavírus é mais sutil. A saber, ele ataca silenciosamente e se espalha rapidamente, obrigando as pessoas a entrarem em quarentena e evitando que frequentem locais congestionados como, por exemplo, o metrô. Isso porque a maioria das infecções é inaparente e isso dificulta o controle da cadeia de contágio.

As variantes do novo coronavírus, quais são elas e o que muda?

As principais variantes atualmente em circulação são:

  • Inglesa – Variante inglesa, Reino Unido (variante VOC 202012/01, também conhecida como B.1.1.7), que se estima ter uma presença na Itália de cerca de 17,8%.
  • Africana – Variante da África do Sul (Variante 501.V2).
  • Brasileira – Variante do Brasil (Variante P.1).
  • Italiana – A variante napolitana conhecida como B.1.525 

As características das variantes do coronavírus

Essas variantes têm vários aspectos negativos, entre eles uma contagiosidade maior de 30-40% – explica o professor italiano – que parece chegar a 14 em 10 dias de doença. Além disso, de acordo com alguns episódios recentes de surtos dentro dos muros das escolas, parece que, ao contrário do anterior, essas variantes também afetam (sem saber) jovens e crianças. Mas como estes são assintomáticos, deve desencadear a necessidade de vigilância e de perto monitoramento. É por isso que devemos estar atentos aos espaços dedicados a eles, como creches e escolas.

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Em comparação com a versão original do coronavírus, essas variantes diferem principalmente no Spike. O famoso gancho que é visto nas representações tradicionais do vírus e que o anexa aos receptores ace2 de nossas células, para torná-lo mais eficiente. No caso dessas variantes, a conformação do Spike é diferente e, por isso, os anticorpos não só lutam para reconhecê-lo, mas também para atacá-lo.

A eficácia das vacinas em comparação com variantes do coronavírus

Até o momento, estudos ad hoc realizados nas variantes inglesa e brasileira, mostram como as vacinas disponíveis atualmente ainda são eficazes. Algumas dúvidas sobre a variante africana, onde poderia haver uma diminuição da eficácia, embora isso ainda esteja sujeito a verificação. A assinatura da campanha de vacinação é fundamental e eu convido qualquer pessoa para participar, quando possível. Futuramente, não está excluída a possibilidade de se proceder a um segundo recall – frisa o professor. Estes tipos de vacinas, tanto do ponto de vista do RNA, como do vetor de adenovírus e outras vacinas (ex. AstraZeneca, Johnson, ReiThera). Permitirão rapidamente atualizar sua composição adaptando-se às novas variantes. Isso porque, também neste caso, não haverá conhecimento da duração efetiva da proteção conferida.

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A mensagem transmitida é que nem todas as variáveis ​​são agressivas e ruins. É necessário monitorar a evolução das infecções e, graças à aplicação da epidemiologia molecular, poder construir árvores genealógicas do vírus. Outrossim, por meio de uma fase de sequenciamento (investigação de 2º nível) do próprio vírus.

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