Por muitos anos, o ovo de galinha passou como um grande vilão para a saúde em geral. Isso vale para o emagrecimento, ou para a saúde de forma geral. Todavia, na realidade, é uma grande injustiça, pois se trata de um alimento de baixo custo. Bem como, com proteínas de alto valor biológico, sendo considerado, por muitos estudiosos, um dos três alimentos mais completos do mundo.
Entretanto, sim, é verdade que o ovo contém uma grande quantidade de colesterol. A saber, aproximadamente 180 mg por unidade. Quando preparado de maneira inadequada, como ocorre habitualmente, com o uso, por exemplo, de manteiga, óleo ou azeite de oliva aquecido, esse valor pode ser triplicado.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda a ingestão de 300 mg por dia. Assim, para pessoas portadoras de dislipidemia, ou colesterol alto, julga-se necessária uma restrição na quantidade do consumo.
Vale lembrar que de 20% a 30% das alterações causadas no colesterol, são decorrentes de uma alimentação errada. Enquanto os outros 80% a 70% estão diretamente ligadas a indivíduos sedentários. Bem como, com histórico familiar de colesterol alto, a etilistas e tabagistas ou a quem possui alterações hormonais e no metabolismo.
Colesterol do ovo
É interessante mencionar que, independentemente da ingestão ou não de gordura, o corpo vai produzir o colesterol. Isso porque, o fígado produz de 3 a 6 vezes mais colesterol do que o que se conseguiria obter ingerindo ovos e outros produtos de origem animal. O colesterol é vital para o organismo. Outrossim, é necessário para a produção de hormônios esteroides, como a testosterona, e para desenvolver e reparar células.
Eu poderia citar aqui inúmeros exemplos que detonam esse mito ultrapassado do ovo. Um deles vem da população japonesa, uma das maiores consumidoras de ovos por ano. Apesar disso, detentora de níveis de colesterol baixo e com um número de doenças do coração e de diabetes amplamente inferior aos dos países com consumo menor do produto, como os Estados Unidos.
O grande problema no prato de nós, brasileiros, é a associação inadequada que realizamos ao comermos o ovo. Além dos óleos já mencionados, ainda frequentemente utilizamos bacon, salsichas (enlatados, industrializados) e gordura trans, o que, além de aumentar o colesterol, leva ao estresse oxidativo, fenômeno responsável pela ocorrência de doenças crônicas.
Dicas importantes para a desintoxicação
1) Guarde os ovos em um lugar fresco e seco, de preferência na geladeira.
2) Mantenha os ovos longe de outros alimentos. É uma boa ideia usar a bandeja própria existente em sua geladeira. Isso ajuda a deixá-los em separado.
3) Coma alimentos que contenham ovos logo após seu preparo. Se você não está planejando comê-los imediatamente, então os esfrie e, em seguida, mantenha-os na geladeira por até dois dias.
4) Ovo cozido não pode permanecer na geladeira por mais de três dias.
5) Se seus objetivos com a ingestão de ovo são a síntese de proteína e a reconstrução de fibra muscular, o mais indicado é consumir a clara. Cuja unidade possui aproximadamente 4 g de proteína, 0 mg de colesterol e apenas 17 kcal.
Outrossim, sendo carente de vitaminas A e D, além dos minerais colina, fósforo, cálcio, os quais já são encontrados em grande quantidade na gema. Daí a importância da ingestão total do ovo, ao contrário do que muitas pessoas fazem, separando a clara da gema.
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Fonte de texto: MENDES PENCHEL (médico esportivo)