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Hepatite D: muita gente sofrendo dessa doença no pós covid-19

Hepatite D
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A hepatite D é uma doença hepática viral que pressupõe uma infecção prévia por hepatite B. Existem poucos casos no mundo. Portanto, é uma doença rara ainda em estudo. Neste artigo, explicamos o que se sabe até o momento acerca da hepatite D. Hepatite D – causada por uma partícula semelhante a um vírus, mas que não pode ser definida como tal. Por não possuir todas as estruturas de vírus, foi classificado como subvírus ou víruside. O agente causador da hepatite D, denominado agente delta ou delta vírus, associado à família dos vírus causadores da hepatite juntamente com os da hepatite A, B, C e E.

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A saber, a estrutura microscópica é simples. Bem como, tem apenas uma molécula circular de ácido ribonucléico (RNA). Utilizada para se multiplicar. Entretanto, esse RNA não desempenha nenhuma outra função. Daí a inclusão na categoria de subvírus. Como o subvírus não tem recursos para realizar outras funções além da replicação, ele precisa do suporte de outro vírus. No caso da hepatite D, o vírus que atua como suporte é o da hepatite B. Uma vez que o agente delta tenha entrado no corpo humano, previamente infectado com hepatite B, o deltavírus explora a estrutura do vírus B. Portanto, a pré-existência da hepatite B é uma condição necessária para a infecção pela hepatite D.

Hepatite

Prevalência de hepatite D

Em todo o mundo, estima-se que cerca de quinze milhões de pessoas sofrem com isso. No contexto da população mundial em geral, não é um número grande. Todavia, os indivíduos infectados também representam uma pequena porcentagem do total afetado pela hepatite B. Geograficamente, existem regiões com maior prevalência de hepatite D do que outras. A África Central, o Norte da Ásia e o Oriente Médio são as áreas mais afetadas. Bem como, na Europa está localizado principalmente na área do Mediterrâneo oriental, e na América é prevalente na Amazônia.

Transmissão

A saber, a principal via de transmissão da hepatite D é o sangue. Frequentemente, aqueles que sofrem com isso o contraem ao trocar seringas usadas para injeções de drogas intravenosas. Com menos frequência, a transmissão pode ocorrer pela tatuagem com itens não esterilizados. Por outro lado, mesmo as transfusões de sangue podem transmitir o vírus, se realizadas sem medidas adequadas. Hoje, até a existência de bancos de sangue sem biossegurança é impensável, mas ainda é uma possibilidade.

Sabe-se que a hepatite D pode ser transmitida sexualmente, embora os casos sejam muito específicos e representem apenas uma pequena porcentagem. Da mesma forma, a transmissão de mãe para filho no útero, chamada infecção perinatal, tem uma incidência baixa. Conhecendo as formas de transmissão da hepatite D podemos estabelecer quais as situações de maior risco de contágio.

Como a hepatite D se manifesta

Uma vez que a hepatite D infecta apenas indivíduos previamente afetados pela hepatite B, os sintomas devem ser vistos neste contexto. Em outras palavras, alguns sintomas são atribuíveis à hepatite B, enquanto outros são típicos da hepatite D. Um quadro clínico descrito por cientistas de todo o mundo é a hepatite por coinfecção aguda. Isso acontece devido a uma infecção quase simultânea pelos dois vírus. Os sintomas são os habituais da hepatite: dor abdominal, aumento do fígado, icterícia, náuseas e vômitos. Pode ser uma condição leve, mas também pode progredir para hepatite fulminante.

Outra variedade de manifestação é a superinfecção. Se o vírus da hepatite D infectar uma pessoa com hepatite B preexistente, o novo vírus pode acelerar a evolução do vírus antigo. A hepatite primária da qual o paciente sofre progredirá mais rapidamente e as complicações aparecerão mais cedo do que o esperado. Essas complicações incluem:

  • Cirrose: é a alteração da estrutura interna do fígado. As células do fígado ficam desorganizadas e param de funcionar progressivamente. O tecido cicatricial aparece e invade partes do fígado, interrompendo o fluxo sanguíneo.
  • Insuficiência hepática: uma vez que a cirrose esteja permanentemente instalada, o fígado para de funcionar. Todas as tarefas que deveria desempenhar para o corpo, não são realizadas e o dano torna-se terminal.
  • Câncer de fígado: Pacientes com hepatite B têm risco aumentado de desenvolver câncer de fígado maligno. A superinfecção com hepatite D acelera esse risco.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico não é tão simples. Em primeiro lugar, deve haver o diagnóstico de hepatite B, condição essencial para a instalação do agente delta. Posteriormente, a presença de hepatite D pode ser confirmada com um exame de sangue. Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento dependerá do quadro clínico do paciente. Existe um antiviral chamado interferon alfa peguilhado, que é indicado para oito meses de terapia, mas sua eficácia é baixa. Para casos de cirrose avançada e insuficiência hepática, ou para tumores hepáticos não metastáticos, uma opção é o transplante de fígado.

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